#DoGabinete - Comissão de Educação teme volta às aulas presenciais sem os cuidados necessários

por Ana Paula Junqueira publicado 24/05/2021 10h37, última modificação 07/10/2024 09h07

Texto: Matheus Amancio  |  Assessoria de Gabinete da vereadora Profª Paula (PT)

A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (CECEL) da Câmara Municipal de Jaboticabal recebeu, na terça-feira (18/05), a secretária municipal de Educação, Lúcia Vasques, e o chefe de gabinete, André Bonelli, para alavancar o debate sobre a volta às aulas da rede pública municipal de ensino.

A presidente da comissão, vereadora Professora Paula (PT), acompanhada pelo vereador Prof. Jonas (Republicanos), questionaram a secretária da pasta municipal sobre o posicionamento dela em relação ao retorno das aulas presenciais no contexto mais agravante da pandemia na cidade. Lúcia afirmou que a preocupação existe, e que a pasta segue atenta aos acontecimentos causados pela pandemia. Em uma indicação enviada anteriormente ao Poder Executivo, a comissão chegou a recomendar “que a retomada das aulas e atividades presenciais ocorra de forma gradual e responsável, atentando-se às regras de distanciamento social e evitando-se nova aceleração da transmissão da afecção”.

Apesar do Poder Executivo sinalizar que ainda não há previsão para o retorno presencial dos alunos às escolas municipais, seguindo com as aulas remotas, a comissão mostra preocupação para quando esse dia chegar. O temor dos membros da CECEL, que além de Professora Paula e Professor Jonas, também conta como membro o vereador Gregório Casagrande, é de que o retorno das aulas presenciais no município esbarre na falta de infraestrutura sanitária segura a fim de se evitar o contágio da COVID-19 nas escolas.

Os membros da comissão também acreditam haver uma disparidade em relação à permanência do ensino remoto nas escolas municipais, o que não tem ocorrido com as escolas estaduais e privadas que são sediadas no município – estas tem adotado o sistema híbrido, podendo ter a presença de até 35% dos alunos por sala conforme decreto do Governo do Estado. “Se há por parte da secretária o receio da volta precoce do ensino em meio a um dos piores momentos da pandemia, há de se ter receio também em relação ao âmbito escolar estadual e privado, afinal, o deslocamento e as aulas ocorrem no mesmo município, cabendo ao Prefeito Municipal a tomada de decisão para Decretar a interrupção tanto das aulas presenciais das escolas estaduais, quanto das escolas privadas de nossa cidade”, argumentou Professora Paula.

Durante a reunião, a secretária de Educação chamou a atenção para a situação de vulnerabilidade dos alunos do ensino público, que para ela, tem sido preocupante. A gestora afirmou que, por parte do prefeito municipal, também há preocupação em relação à situação de vulnerabilidade dos alunos das escolas estaduais, principalmente pela falta de apoio da ação de distribuição de cestas básicas por parte do Governo do Estado de São Paulo. No âmbito municipal, Lúcia contou que “a prefeitura conseguiu vinte quatro mil cestas básicas por meio de uma licitação, devendo suprir a demanda dos alunos das escolas municipais por quatro meses”.

A secretária também abordou sobre as dificuldades econômicas das pequenas escolas particulares e da demissão de diversos funcionários, fator que considera agravante em meio ao contexto de crise sanitária enfrentada no país, e igualmente demonstrou preocupação com a insegurança da volta às aulas em diversas redes de ensino.

Para a vereadora Professora Paula, é necessária uma reformulação no “Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento”. “Entendo que algumas mudanças são importantes para que possamos efetivamente discutir novos protocolos com os demais grupos sociais da cidade, gerando novas ações para fortalecer a prevenção da circulação e o combate ao Coronavírus”, concluiu a presidente da comissão.


Assessoria de Gabinete da vereadora Profª Paula (PT)
(16) 3209-9482


25/05/2021 - ERRATA às 11h51: Diferentemente do texto publicado inicialmente “a prefeitura conseguiu vinte quatro mil cestas básicas por meio de uma licitação, devendo suprir a demanda dos alunos das escolas municipais por quatro meses”, e não seis mil cestas. Este número publicado inicialmente se refere às cestas básicas mensais, e não ao total. O texto já foi corrigido. Pelo erro, pedimos desculpas.