Escola do Legislativo promove palestra de conscientização para evitar o Capacitismo
Na última sexta-feira (11.abr. 25), a Câmara Municipal de Jaboticabal serviu de palco para a palestra "Como Evitar Falas Capacitistas", uma iniciativa da Escola do Legislativo (EL) da Casa que reuniu servidores, vereadores e público interessado em aprofundar o conhecimento sobre o tema.
A condução da palestra ficou a cargo Alessandra Augusto Araújo, profissional de Educação Física, especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), pós-graduanda em Educação Inclusiva com ênfase em Autismo, membro do Núcleo de Educação Física Limiar Intervenção ABA na Educação Física Especial e, também, mãe atípica. Sua vivência e expertise proporcionaram uma abordagem sensível e embasada sobre o capacitismo, definido como a discriminação e o preconceito contra pessoas em função de sua deficiência.
Durante a palestra, Alessandra detalhou o que define o capacitismo, explicitando que ele se manifesta através da distinção, restrição ou exclusão, seja por ação ou omissão, com o objetivo ou efeito de prejudicar ou impedir o reconhecimento, os direitos e a liberdade das pessoas com deficiência. A palestrante também ressaltou a importância de garantir adaptações razoáveis e o fornecimento de tecnologia assistiva, conforme previsto na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), Lei nº 13.146/2015.
A apresentação abordou diversos exemplos práticos de capacitismo, que vão desde barreiras arquitetônicas e comunicacionais até as atitudinais, estas últimas permeadas por preconceitos, estereótipos e estigmas presentes na sociedade. Um ponto crucial da palestra foi a discussão sobre as expressões e falas capacitistas, muitas vezes utilizadas de forma inconsciente, mas que carregam um peso discriminatório significativo.
A palestrante apresentou exemplos comuns de termos capacitistas que devem ser evitados, como "aleijadinho", "surdinho", "mudinho", "doente", "tadinho" ou "coitadinho", "anjinho" (quando usado para infantilizar), "inválido" e "incapaz". Além disso, ofereceu dicas práticas para substituir expressões capacitistas corriqueiras que carregam preconceito, como "se fazer de surdo" (substituir por "parece que não ouviu/entendeu") e "dar uma de João sem braço" (substituir por "fugir das obrigações"), que integram a cartilha "Combata o Capacitismo", do Ministério da Saúde, incentivando a eliminação de expressões preconceituosas do vocabulário cotidiano, uma vez que elas reforçam estigmas e causam sofrimento.
Alessandra ainda enfatizou que a discriminação em função da deficiência é crime, passível de pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa, conforme o Art. 88 da LBI. Ela explicou como o capacitismo reproduz crenças que normatizam um padrão corporal ideal, ignorando a diversidade de corporeidades existentes.
[Esq. à Dir.] Vereador e membro da Comissão de Saúde, Assistência e Promoção Social, Dr. Célio Morais; vereador e Vice-Presidente da Escola do Legislativo, Dr. Jonatas Carnevalli Lopes; diretora da EL, Silvia Mazaro; palestrante Alessandra Augusto Araújo juntamente com o marido; vereadora e Presidente da EL, Renata Assirati; e vereador e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos de Pessoa com Deficiência, Ronaldo Bolognezzi.
Assessoria de Comunicação
Fonte: Câmara Municipal de Jaboticabal (Reprodução autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Jaboticabal)
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